A declaração política desta semana foi do PSD, com Carlos Rodrigues a começar por comentar as eleições presidenciais do último domingo.
O deputado social-democrata destaca a participação dos portugueses, com a abstenção a ser inferior ao esperado e, na Madeira, a ser inferior à média nacional. Criticou o facto de "nada ter sido feito" para garantir a participação de todos os eleitores.
A vitória de Marcelo Rebelo de Sousa é vista como um sinal claro de "legitimidade reforçada" e, na Região, uma indicação de que os madeirenses querem um "papel mais robusto" do Presidente da República na defesa da Autonomia. Marcelo teve o seu melhor resultado na Madeira, com mais de 72%.
Carlos Rodrigues também afirmou que estas eleições foram a terceira derrota consecutiva para o PS-Madeira, em pouco mais de cinco meses, depois de ter perdido as 'regionais' e as legislativas nacionais. Mesmo que o líder, Paulo Cafôfo, que apoiou Marcelo tenha feito "uma manobra exótica" com o restante partido a "apoiar Ana Gomes" a candidata que "mais prejudicou a Madeira". "Os madeirenses disseram que não pagam a traidores".
A parte principal do discurso foi dedicada à pandemia de Covid-19 e aos apoios que, sublinha, nunca chegaram de Lisboa.
"Têm sido os contribuintes madeirenses a pagar tudo, sem qualquer solidariedade do Governo da República" e lembra que, desde Março do ano passado que foi pedida a suspensão dos limites orçamentais e a suspensão do pagamento da dívida do PAEF.
"Toral indiferença do Governo da República" foi a resposta obtida: "Nem um euro de apoio chegou".
Uma falta de apoio que também ficou evidnete na recusa de aval ao empréstimo de 478 milhões de euros que permitiria poupar 84 milhões em juros.
Carlos Rodrigues não tem dúvidas de que o governo socialista da República "não tem estrutura ética e moral para governar o país" e lembra a exclusão das empresas madeirenses e açorianas de todos os programas nacionais. Um dos exemplos referidos foi o da linha de 1.050 milhões de euros, criada pelo Banco de Fomento Português que está limitado ao território continental.
É esta situação que Carlos Rodrigues quer ver resolvida por Marcelo.