“Em os “Piratas das Caraíbas” há uma cena onde se apela ao código dos piratas, um conjunto de ideias vagas, aplicadas ad-hoc. Muito similar à Saúde na RAM”, afirma Joaquim José Sousa a propósito do 'Raio X' de hoje sobre Saúde, relembrando que a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta "quatro condições mínimas para que um Estado assegure o direito à saúde ao seu povo: disponibilidade financeira, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade do serviço de saúde pública".
Por contrapartida refere que "quando actualmente se fala em saúde na Região, falamos mais de um passa culpas da Região para a República sobre o Novo Hospital".
"Entre os partidos dominantes, sobram acusações e escasseiam as soluções sobre as listas de espera, a desvalorização dos cuidados primários, a promoção da vida saudável, a requalificação e reestruturação dos Centros de Saúde, a falta de medicação e até sobre os preços praticados no parque do hospital Dr. Nélio Mendonça que tanto preocupamos habitantes da Madeira e do Porto Santo", acrescenta.
Por outro lado, realça que os “sucessivos Governos Regionais nunca ajustaram políticas activas de prevenção da Saúde/Social à demografia da RAM, criando sim, absurdos burocráticos/administrativos ineficazes na prestação de serviços naquelas áreas”.
Perante o exposto, entende o Partido Aliança que "é preciso mais, muito mais, do que um novo hospital, que enquanto edifício por si só não resolve os problemas que enfermam o acesso aos cuidados de Saúde dos habitantes da Madeira se não estiver devidamente equipado e não tiver os Recursos Humanos necessários. É indispensável olhar para a saúde sob o prisma de um Novo Paradigma que são os Cuidados Primários. Para a relação entre estes e os cuidados prestados no hospital/centros de saúde, para a relação entre estes e os cuidados continuados e os cuidados paliativos".
A ALIANÇA afirma ainda que não participará no "debate estéril sobre a natureza pública ou privada dos prestadores de saúde". "A ALIANÇA pretende promover um Compromisso de Saúde entre o Cidadão e a Região que garanta o envolvimento de todos e de cada cidadão, considerando o Cidadão como um parceiro ativo no Serviço Regional de Saúde em especial na promoção da sua saúde e na prevenção da doença", vinca Joaquim José Sousa.
"Ao longo de décadas, diferentes secretários têm feito a promessa de colocar o doente no centro do sistema, mas este objetivo nunca passou do campo teórico. Nos últimos quatro anos tivemos três secretários regionais de saúde e estamos como estamos. O partido Aliança defende a individualização e uma maior proximidade e humanização dos cuidados de saúde aos diferentes níveis de intervenção de acordo com as necessidades identificadas em cada cidadão", conclui.