A Saúde é o "maior 'tendão de Aquiles' deste governo PSD”, afirma a deputada Lina Preira do JPP, em reacção ao 'Raio X' hoje publicado no DIÁRIO.
"Esta é uma opinião partilhada por várias pessoas, independentemente da sua ideologia política, embora constantemente negada pelo Governo Regional social-democrata, cuja principal preocupação é a de salientar o que entendem ser um 'investimento' neste sector. Esquecem-se os governantes de referir quantos desses milhões foram 'investidos', unicamente, para saldar dívida o que, só por aqui, comprova a total ausência de estratégia, devidamente planificada, no sector da Saúde", realça a pora-voz do Juntoa Pelo Povo.
Mais, "este é um problema que resulta de opções governativas ao longo dos anos: investimento no modelo hospitalocêntrico ao invés de um modelo de proximidade com enfoque na acção preventiva ao nível dos cuidados de saúde primários, com a devida descentralização de serviços para os centros de Saúde e com a eficiente articulação com os demais agentes sociais fundamentais para a prestação dos cuidados, como seja o sector social", aponta Lina Pereira.
Aqui, dá enfâse particular ao apoio à população idosa "que, por diversas condicionantes, muitas vezes ficam em situação de alta problemática, tornando ineficiente a prestação dos serviços de saúde para outros utentes mas, acima de tudo, colocando em risco o próprio bem-estar do idoso que se vê obrigado a permanecer no hospital quando poderia regressar à sua casa se houvesse a devida articulação quer com o sector social, quer com as autarquias locais, agentes primordiais de proximidade".
Assim, o JPP defende que "potenciar a maximização dos serviços, bem como de todos os recursos disponíveis no Serviço Regional de Saúde tem de ser uma prioridade".
"Infelizmente, o que se tem verificado é um conjunto de más opções governativas que conduzem a uma insatisfação generalizada dos profissionais de saúde", lamenta defendendo a "valorização de todos os profissionais que trabalham no Serviço Público, sejam eles especializados ou não".