Na sequência 'Raio X' publicado esta quarta-feira (10 de Julho) no Diário de Notícias, a Iniciativa Liberal Madeira veio a público defender o "equilíbrio que existia entre o sector público e o privado", que a seu ver justifica o "período de sucesso do Serviço Regional de Saúde".
"Somos dos que pensamos que a Saúde só pode ser vista sob os olhos do bem-estar. É chegado o tempo de nos sentarmos todos, independentemente de 'cores' políticas e ou partidárias e pensarmos que futuro queremos para a nossa Saúde. O estado a que chegámos é tal, que o ciclo eleitoral de 4 anos não será suficiente para recuperarmos os SRS", começa por referir Nuno Morna.
Para o coordenador da Iniciativa Liberal Madeira "é por demais evidente que as questões de segurança social têm que deixar de pesar no sistema de saúde".
"A cada sistema o que é seu. A saúde trata e, quando o seu ciclo termina, deve a segurança social acompanhar no que lhe diz respeito. Casos há em que a intervenção da saúde continua a ser necessária (cuidados continuados) e aí, e só aí, se deve focar a sua participação", realçou.
Por outro lado aponta "que a gestão de recursos financeiros, humanos, de gestão, tem que ser rapidamente melhorados pela significativa poupança que pode proporcionar". Assim, "urge a restruturação do paradigma, definindo muito bem as competências das diferentes valências da saúde tornando-as públicas e claras: cuidados primários, cuidados hospitalares, cuidados continuados e paliativos".
Em relação aos cuidados primários, a Iniciativa Liberal diz que "é urgente proceder à sua reorganização e reestruturação baseados na constituição de Agrupamentos de Centros de Saúde".
Do mesmo modo, propõe um reforço do orçamento para "recuperação de listas de espera cirúrgicas e fazer a sua gestão correcta e transparente" e "se necessário, estabelecer protocolos com os privados de modo a acelerar a recuperação das já referidas listas de espera".
"A resolução dos mais prementes problemas da nossa Saúde passa por aquilo que acima propomos: sem uma população mais saudável não há sistema de Saúde que resista", conclui Nuno Morna.