Edgar Silva identifica na rubrica ‘Raio X’ publicada na edição de hoje em papel um conjunto de aspectos que estão referenciados e que retratam “muitas das insuficiências do Serviço Regional de Saúde”, no entanto faltou referir, segundo o dirigente da CDU, que a Madeira é onde há “maior morosidade no acesso aos cuidados de saúde correlativamente a menores rendimentos”, uma situação que cria “grande desvantagem” em relação ao resto do país.
A Madeira, diz, “é a região do país onde os níveis de pobreza são mais elevados, os rendimentos do trabalho e não só em relação aos salários, mas as pensões de reforma e de invalidez são as mais baixas de todo o país, é aqui nesta Região que as pessoas mais têm de pagar do seu bolso pelo total dos custos em saúde, ou seja, é onde as pessoas menos recebem, mais pagam, e depois, no acesso à saúde, é onde a morosidade é maior”, afirmou, quando convidado a comentar o artigo.
O líder na Madeira do Partido Comunista Português entende que a questão da morosidade no acesso aos cuidados de saúde, a questão das listas de espera, põe em causa a garantia da universalidade da prestação e é “um problema gravíssimo”.
“Se é a região do país onde a morosidade é maior no acesso aos cuidados de saúde, se é esta a região onde os custos no acesso aos cuidados de saúde são maiores, por isso o capital de queixa em relação ao serviço público é maior. Quer dizer que estamos num sector vital como é o da saúde em clara desvantagem relativamente ao resto do país”.
As medidas concretas nesta área serão reveladas pelo PCP no manifesto eleitoral, que contam apresentar durante o mês de Agosto, um conjunto de propostas alternativas do partido relativamente às orientações que diz serem “erradas”, no sentido de dar “novo rumo para a saúde na Madeira”.
Durante este mês de Julho decorrem os debates sectoriais, que já se iniciaram, depois do que será ultimado o manifesto para apresentação pública, revelou o coordenador do PCP Madeira.