Paulo Vieira Lopes •
03 jul 2019
14:12
"É um absurdo a escola do séc. XXI continuar balizada por uma estrutura e modelo que vem do séc. XIX"
Como está muito bem dito no Raio-X de hoje no DN Madeira, é um absurdo "a escola do século XXI continuar balizada por uma estrutura e modelo que vem do século XIX".
"A Iniciativa Liberal Madeira tem a educação como pilar fundamental e estratégico de todas as políticas governamentais, afastada de partidarismos e projectos de promoção pessoal, tendo como objectivo a autonomia intelectual das pessoas", admitiu José Augusto Sousa Martins que foi o porta-voz do partido, numa reacção ao Raio-X publicado hoje no DIÁRIO.
"Consideramos para isso como vectores fundamentais, mas não sendo os únicos:
- A reforma profunda e total da Secretaria da Educação que deverá passar a ter uma estrutura mais simplificada, descentralizada, despartidarizada e altamente profissional, de modo a garantir uma maior racionalidade, operacionalidade e estabilidade às políticas educativas e aos processos de ensino/aprendizagem;
- O reforço da legitimidade democrática dos gestores de todos os órgãos de ensino e também um factor a ter em conta, bem como o recusar a desvalorização do ensino privado e os modelos de ensino alternativos;
- Promover a equidade de modo a que ninguém fique para trás;
- Precisamos de estabilidade nos programas e no corpo docente. Um ensino que não seja meramente utilitarista, mas que promova os interesses do indivíduo, o pensamento crítico, a autonomia do estudante, o pensamento empreendedor, e uma literacia transversal e orientada num mundo volátil e em constante transformação, desenvolvendo designadamente as competências digitais e de programação; os conteúdos de inovação e de empreendedorismo; os conteúdos de finanças pessoais, não descurando o papel do desporto, das artes, das ciências e da matemática;
- Promover a “educação cívica” como pilar fulcral do sistema de educação, tendo como objetivo preparar os nossos jovens para poderem desempenhar o seu papel como cidadãos ativos no sistema democrático nacional e europeu;
- Urge reforçar o papel do professor na sociedade, dando mais autonomia às escolas para definir modelos de ensino alternativos, horários diferenciados, materiais de ensino próprios, os seus programas curriculares e os seus métodos de ensino, não descurando a sua autonomia na escolha e na gestão de recursos;
- Promover a liberdade de escolha dos estabelecimentos de ensino, quer por questões geográficas, pelo seu cariz público ou privado, quer pela diferenciação da oferta educativa; qualquer apoio financeiro deve ser dado às famílias, e não às escolas, para que cada família possa escolher a escola onde quer colocar o seu educando;
- Precisamos de uma escola aberta à sociedade, aproximando-a das populações e do poder local; ligação ao mercado de trabalho e à partilha das infraestruturas com a comunidade. A base de uma sociedade mais justa, comprometida e solidária, qualificada e socialmente participativa assenta em patamares de ensino de excelência, que formem adultos qualificados nas mais diferentes áreas, que promovam uma economia sustentável e cidadãos mobilizadores."
O partido acrescentou ainda que oportunamente divulgará as suas propostas para a Educação.