Tendo como princípio o respeito pelas posições ou ideais das instituições e dos partidos, o JPP considera a equidistância partidária uma lógica a ser seguida e respeitada por estas e pelos partidos políticos. No entanto, e reagindo ao 'Raio X' hoje assinado pelo padre José Luís Rodrigues, onde retrata momentos de cumplicidade que devem dar lugar à cooperação exigente, o deputado Paulo Alves considera que não podemos “meter a cabeça na areia” e agir como se nada tivesse acontecido no passado onde foi notória e amplamente noticiados “episódios” de proximidade entre o poder político e a Igreja Católica na Madeira. “Episódios” esses que, na devida altura, foram denunciados por membros do próprio clero.
Com base na definição do termo “Política”, entendida como as acções referentes à vida em sociedade e que essas acções dizem respeito ao agir humano, espera-se que esta “politica” seja consubstanciada em propósitos que visam o bem comum das pessoas – no sentido que é dado pela Doutrina Social da Igreja - e não o bem de alguns “grupos de pessoas” (entenda-se, grupos económicos com interesses instalados).
O JPP, pelo seu modelo de acção política, pela política de proximidade das pessoas e pela sua matriz social, sempre defendeu e continuará a defender o caminho da transparência, da justiça e da honestidade, no respeito pela autonomia das instituições, nomeadamente da Igreja Católica Madeirense, bem como a denúncia e informação à população, das situações e opções políticas que não seguem este caminho.
O JPP defende que o propósito da acção política - acção que visa o bem comum – deverá ser a prática de todos os cidadãos em exercício de funções políticas, principalmente daqueles que ocupam cargos de governação executiva, tipo de governação que na Madeira e no passado, foi alvo de críticas pelo “não distanciamento” relativamente à própria Igreja Católica e pelo registo de proximidade com grupos económicos, conclui o deputado do JPP.