"O mais importante para as ilhas da Madeira e do Porto Santo não é um Plano Estratégico para o Turismo, mas sim um Plano Estratégico para a Região. Deve-se partir do geral para o particular", começa por salientar o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, comentando o 'Raio X' hoje publicado no DIÁRIO de Notícia, sob o título 'Turismo na Madeira entrou em contraciclo', evidenciando "preocupações de um sector que emprega 20 mil pessoas: número de camas, falha na promoção, preços das tarifas aéreas demasiado elevados em consequência de um tecto máximo de 400 euros, falta de lugares de avião, ressurgimento de destinos concorrentes, inoperacionalidade crescente do aeroporto e indefinição na resolução de um plano de contingência", aponta.
Para o deputado e dirigente político "como sector chave da economia regional, o Turismo exige uma capacidade de resposta a todo o instante. É uma área permeável às oscilações, e dai a exigência constante e a habilidade célere de adaptação", lembra, antes de sublinhar que após "uma análise apurada ao Total de Hóspedes e o RevPAR entre Junho de 2017 e Abril de 2019 (DRE) verifica-se que estes valores estão em decrescimento e deduzimos que estamos perante maus indicadores", conclui.
Por último, Élvio Sousa regista que "problemáticas várias se equacionam: erros estratégicos na operacionalização de grandes hotéis em detrimento do turismo rural; falta de alternativa ao transporte aéreo com o ferry RAM - Continente; trapalhada no modelo de subsídio de mobilidade, cuja paternidade é do Governo Regional da Madeira e gestão parcial da TAP (com renacionalização forjada por parte do Governo da República); aposta clara na formação de excelência e deficiente valorização salarial da classe trabalhadora", concretizou.