O SIADAP tal como está desenhado "infecta a competição entre colegas de forma patológica, e tem de ser corrigida".
Uma posição assumida por José Edgar Silva, dirigente do PURP que lembra que as "quotas impostas, não incentivam uma competição saudável e não reconhecem o mérito e a competência das equipas, de forma global, e de forma individual impõe uma segregação".
Edgar Silva refere que "a sua aplicação e o processo de escolha leva a uma selecção que fragmenta as equipas, e instala uma “paz podre” nos serviços públicos, com um muito mau ambiente de trabalho, reflectindo-se na produtividade e qualidade dos serviços oferecidos aos utentes".
Sublinha que as avaliações individuais, não servem este propósito, e considera que a avaliação dos funcionários deve ser mais abrangente e envolver inclusive a opinião dos utilizadores, em termos globais de funcionamento dos serviços em equipa. "Equipas coesas e eficientes, têm de merecer o reconhecimento dos clientes", enfatiza.
Para o PURP, há demasiado poder atribuído às chefias e a superiores hierárquicos, que muitas vezes, nomeados, "são de uma incompetência abismal, apenas lá colocados, e treinados para não fazerem ondas, enquanto estas situações não forem resolvidas". "Não existe SIADAP que nos valha, nem que nos sirva...é um embuste e uma fantochada", conclui Edgar Silva.